COMO SE CONTEMPLASSE O INVISÍVEL
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós
entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe
de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
Sou um simples
enviado. O agricultor, que é meu Pai, deu-me um serviço: meu filho, vai semear.
Cumprindo sua ordem, espalhei a semente em abundância, por todas as terras.
Eu
cumpri sua vontade. O resultado, a colheita, depende do Pai.
Não existe fracasso
para quem se abandona.
Como diz Rahner, o
mundo moderno se entusiasmou com as grandes invenções científicas, como a
técnica e a organização, como o menino que acabou de estrear a bicicleta e,
para andar nela, falta à missa de domingo.
A bicicleta se tornou um ídolo, alguma
coisa absoluta.
Mas quando, depois de várias trombadas com a bicicleta, toma
consciência de que ela não é absoluta, e sim, um valor relativo, decide ir à
missa, porém de bicicleta.
Que vale ao homem, diziam os universitários de
Paris, ter muitas coisas, chegar até a resolver o problema da fome, se depois
morreremos todos de aborrecimento?
A vida da fé é lenta
e exige uma constância sobre-humana.
Seu progresso é oscilante e não é
comprovável com métodos exatos de medição.
Quantos peregrinos
chegarão à Terra Prometida?
Quantos abandonarão a dura marcha da Fé?
Teremos de
convir também nós, que só um pequeno rebanho chegará a fidelidade total de
Deus?
Qual é e onde está o “Jordão” que teremos que atravessar para entrar na
zona de liberdade?
O horizonte está mais uma vez povoado de perguntas e
silêncio.
É o preço da fé!
Estamos num processo
de decantação.
A fé é um rio que avança.
A impureza se depositou no leito do
rio, mas a corrente das águas continua.
A oração não é senão colocar em movimento a própria fé.
(Mostra-me Teu Rosto)
TODA HORA, TODO DIA, DE MÃO DADAS COM MARIA.
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