MARIA, NOSSA MAMÃE, SEMPRE POR NÓS.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o
fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Amém.
E
lá vai a jovem, rapidamente, para a casa de Isabel para felicitá-la, para
ajudá-la nos últimos meses de gestação e nos trabalhos de parto, e permaneceu
lá por três meses.
"Deus
é assim. Nunca deixa em paz. Sempre desinstala. Sempre tira a pessoa de seus
próprios círculos para lançá-la aos necessitados deste mundo, para servir com
bondade".
Custou-me
muito subir a encosta, finalmente cheguei. Ali estava, em estado avançado de
gestação, mais velha do que eu me lembrava, porém decidida como sempre.
“Isabel”
exclamei, “vim”.
Ela voltou à cabeça. Mal me viu, deixou tudo que fazia e
correu ao meu encontro. Apertou-me em seus braços, ia ajoelhar-se, gesto que
consegui impedir com grande esforço.
“Bem-
aventurada sejas tu entre as mulheres”, disse em voz alta, e “Bendito o fruto
de teu ventre.
Como é possível que a mãe do Senhor venha a mim?
Porque, apenas
chegou a meus ouvidos tua saudação, o menino que trago no ventre agitou-se de
alegria.
Feliz é aquela que acreditou, porque se cumprirão as coisas que lhe foram
ditas por parte do Senhor”!
E
então, tomada também por uma força misteriosa que falava através de mim, a do
Espírito Santo, deixei que saísse tudo o que se encontrava dentro de mim.
“Minha
alma proclama a grandeza do Senhor, alegra-se meu espírito em Deus, meu
Salvador.
Doravante me felicitarão todas as gerações, porque o Poderoso fez
grandes obras através de mim.
Seu nome é santo e sua misericórdia chega aos
fiéis de geração em geração.
Faz proezas com seus braços, dispersa os soberbos
de coração, derruba dos tronos os poderosos e enaltece os humildes.
Aos
famintos cobre de bens e aos ricos despede sem nada.
Auxilia Israel, seu servo,
enaltecendo sua misericórdia, conforma prometera a nossos pais, em favor de
Abraão e sua descendência, para sempre”.
Ficamos
as duas surpresas. Estávamos conscientes de que o Senhor havia se utilizado de
nós para proclamar sua mensagem.
Uma mensagem que, dizia uma à outra, ficava na
memória de ambas e devia ser transmitida, através de nós, a toda a humanidade.
E
assim transcorreram aqueles três meses. Isabel necessitava de mim.
Com
Isabel passei uma das temporadas mais doces de minha vida. Nunca esquecerei.
De
sua casa se enxergava o vale, povoado de pinheiros, pinheiros como esses que crescem
aqui em Éfeso, e que se arrastam até o mar em busca do beijo das ondas.
Muitas
tardes, enquanto ela pôde, nos sentávamos no terraço de sua casa e
conversávamos.
Falava ela, porque eu a contemplava embevecida, bebendo
avidamente a sabedoria que procurava transferir para mim.
(O
silêncio de Maria).
TODA HORA, TODO DIA, DE MÃOS DADAS COM MARIA.
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