O MISTÉRIO DA FÉ
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o
fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Amém.
Eu me considero como um fraco passarinho coberto apenas por uma leve penugem. Não sou águia: dela só tenho os olhos e o coração, mas apesar de minha extrema pequenez atrevo-me a olhar fixamente o sol divino, o sol de amor, e meu coração sente em si todas as aspirações da águia.
O passarinho gostaria de voar para esse sol brilhante que
fascina seus olhos... Que será dele? Morrerá de pena vendo-se tão impotente? Oh
não! O passarinho nem sequer chega a se afligir. Com um abandono audaz, quer
continuar a olhar fixamente o seu divino sol.
Nada seria capaz de assustá-lo,
nem o vento nem a chuva. E se nuvens escuras vierem a ocultar-lhe o astro de
amor, o passarinho nem muda de lugar; sabe que, além das nuvens, seu sol
continua a brilhar, que seu esplendor não poderia eclipsar-se um momento
sequer.
Esse é o mistério da
fé.
Não somos mais que
um pardal, mas temos um coração de águia.
É o mistério do ser humano, sentir-se
ao mesmo tempo, pardal e águia.
Sei que não posso
voar alto. Nem vou tentá-lo.
Não vou nem agitar as asas, mas me abandonarei nas
asas do vento. O vento é Deus.
O resto ficará por conta dele.
Sei que sou um
pardal, mas também sei que se me abandonar em Deus com grande paz ele poderá
emprestar-me as asas poderosas de uma águia.
Há alguma coisa
impossível para Ele?
Ele é poder e graça.
(Mostra-me o teu
rosto)
Jesus, não quero
fazer planos e depois pedir tua aprovação, de agora em diante, vou pedir
primeiro tua orientação, através da vida de oração diária, e depois então farei
os planos e elaborarei os projetos. E assim, diante dos acontecimentos do meu
dia-a-dia poderei afirmar que “tudo foi pela fé”.
Para que possa agir
desta maneira tenho que repetir com toda a alma e muitas vezes ao dia:
“Senhor,
eu creio, mas aumenta minha fé”.
Frei Ignácio
SEMPRE COM JESUS, NUNCA SEM MARIA.
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