quarta-feira, 2 de setembro de 2015

MARIA, SENHORA DO SILÊNCIO

Ave Maria, cheia de  graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.

“Que possamos voltar o olhar à Mãe de Jesus, Maria, nas bodas de Cana. O seu olhar silencioso observa tudo e repara onde falta alguma coisa. E antes que alguém perceba, ela já prestou a sua ajuda. Encontra meios e modos, dá indicações necessárias e isso tudo em silêncio, sem deixar perceber nada”.
                                                  (Edith Stein)


Mãe do Silêncio e da Humanidade, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor.

Tu és disponibilidade e receptividade. Tu és fecundidade e plenitude. Tu és atenção e solicitude pelos irmãos. Estás revestida de fortaleza. Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual. És senhora de ti mesmo antes de ser Nossa Senhora.

Em ti não existe dispersão. Em um ato simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralisada e identificada como o Senhor. Estás dentro de Deus, e Deus dentro de ti. O mistério total te envolve, te penetra e te possui, ocupa e integra todo o teu ser.

Parece que em ti tudo ficou parado, tudo se identificou contigo; o tempo, o espaço, a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus. Tudo ficou assumido em ti e divinizado.
Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão encantadora.

Entretanto, teu silêncio não é ausência, mas presença. Estás absorvida pelo Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão fecundo como quando nada se comunica.

Faz-nos compreender que o silêncio não é desinteresse pelos irmãos, mas fonte de energia e irradiação; não é encolhimento, e sim projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se.

Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faz-nos compreender que o apostolado sem silêncio é alienação, e que o silêncio sem apostolado é comodidade.

Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunicamos a fortaleza de tua Fé, a altura de tua Esperança e a profundidade de teu Amor.
Fica com os que ficam e vem com os que partem.

Ó Mãe Admirável do Silêncio

                                               (O Silêncio de Maria)

"Maria sabia reconhecer-se como humilde serva. Colocava-se diante do Senhor, sem nenhuma vaidade e oferecia a Deus os louvores que Dele recebia. Ela era simples e todos os seus atos eram feitos no silêncio.
Nossa Senhora nunca se esqueceu de que tudo nela era dom de Deus. Ela se alegrava em servir ao próximo e se colocava sempre em último lugar".

TUDO COM JESUS, NADA SEM MARIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário