segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

COM A PACIÊNCIA DE UM TRIGAL

Ave Maria, cheia de  graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.

Quando a sensação de inutilidade o envolver como uma noite, pensando que se está perdendo tempo, quando a geada da aridez ou névoa de tédio o penetrarem até os ossos, com vontade de jogá-los fora do barco, ressoarão em seus ouvidos as palavras do Mestre:

“Estejam despertos, vigiem e orem”.



Quanto menos se ora, há menos vontade de orar. 
Quanto menos vontade de orar, menos se ora. 
A sensação é que Deus é menos Deus em mim. 
Na medida em que Deus é menos Deus, eu sou mais “eu” em mim, aumentando o meu amor próprio, cada vez mais presente: vaidade, busca de si mesmo, ressentimentos, vazios efetivos, rivalidades, tristezas, necessidade de autocompaixão, de mendigar, autoconsolação.
Como consequência, aparecem em minha relação com os demais, rixas, discórdias, dúvidas, suspeitas, inimizades.
E quando isso acontece não se tem vontade de estar perto de Deus.

Quanto mais se hora, Deus é “mais” Deus em mim.
Quando se começa a orar, Deus começa a fazer-se presente em mim. 
Na medida em que se ora mais, Ela é cada vez mais “alguém” para mim, resplandecendo a luz do seu rosto em mim, próximo, vivo, presente.
Começa-se a contemplar tudo à luz do seu roso. 
Os acontecimentos que ocorrem ao meu redor têm um novo significado, aparecem revestidos da luz da sua presença.
Os fatos não mudam, mas quando os olhos do homem estão povoados de Deus tudo o que se contempla com esses olhos está revestido de Deus.

“Por causa da tua palavra, vou lançar as redes”.

TODA HORA, TODO DIA, DE MÃOS DADAS COM MARIA.




Nenhum comentário:

Postar um comentário