sábado, 31 de maio de 2014

MARIA, NOSSA MAMÃE, SEMPRE POR NÓS.

Ave Maria, cheia de  graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.

E lá vai a jovem, rapidamente, para a casa de Isabel para felicitá-la, para ajudá-la nos últimos meses de gestação e nos trabalhos de parto, e permaneceu lá por três meses.

"Deus é assim. Nunca deixa em paz. Sempre desinstala. Sempre tira a pessoa de seus próprios círculos para lançá-la aos necessitados deste mundo, para servir com bondade".                                              
    

Custou-me muito subir a encosta, finalmente cheguei. Ali estava, em estado avançado de gestação, mais velha do que eu me lembrava, porém decidida como sempre. 

“Isabel” exclamei, “vim”. 

Ela voltou à cabeça. Mal me viu, deixou tudo que fazia e correu ao meu encontro. Apertou-me em seus braços, ia ajoelhar-se, gesto que consegui impedir com grande esforço.

“Bem- aventurada sejas tu entre as mulheres”, disse em voz alta, e “Bendito o fruto de teu ventre. 
Como é possível que a mãe do Senhor venha a mim?
Porque, apenas chegou a meus ouvidos tua saudação, o menino que trago no ventre agitou-se de alegria. 
Feliz é aquela que acreditou, porque se cumprirão as coisas que lhe foram ditas por parte do Senhor”!

E então, tomada também por uma força misteriosa que falava através de mim, a do Espírito Santo, deixei que saísse tudo o que se encontrava dentro de mim.

“Minha alma proclama a grandeza do Senhor, alegra-se meu espírito em Deus, meu Salvador. 
Doravante me felicitarão todas as gerações, porque o Poderoso fez grandes obras através de mim. 
Seu nome é santo e sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração. 
Faz proezas com seus braços, dispersa os soberbos de coração, derruba dos tronos os poderosos e enaltece os humildes. 
Aos famintos cobre de bens e aos ricos despede sem nada. 
Auxilia Israel, seu servo, enaltecendo sua misericórdia, conforma prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua descendência, para sempre”.

Ficamos as duas surpresas. Estávamos conscientes de que o Senhor havia se utilizado de nós para proclamar sua mensagem. 
Uma mensagem que, dizia uma à outra, ficava na memória de ambas e devia ser transmitida, através de nós, a toda a humanidade.

E assim transcorreram aqueles três meses. Isabel necessitava de mim.
Com Isabel passei uma das temporadas mais doces de minha vida. Nunca esquecerei. 
De sua casa se enxergava o vale, povoado de pinheiros, pinheiros como esses que crescem aqui em Éfeso, e que se arrastam até o mar em busca do beijo das ondas. 

Muitas tardes, enquanto ela pôde, nos sentávamos no terraço de sua casa e conversávamos. 
Falava ela, porque eu a contemplava embevecida, bebendo avidamente a sabedoria que procurava transferir para mim.

                                                    (O silêncio de Maria).

TODA HORA, TODO DIA, DE MÃOS DADAS COM MARIA.

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